A Feira Laica é o evento de edição independente mais regular e com maior visibilidade pública em Portugal. Tem como objectivos basilares a promoção da bibliodiversidade e a luta contra o monolitismo cultural.
É um projecto vivo e multifacetado: partindo de uma lógica de espaço de comércio cultural alternativo e justo, tem dado visibilidade a inúmeros editores independentes, artistas gráficos e artesãos e promovido diversos eventos geradores: exposições de artes gráficas, workshops de serigrafia e tipografia, concertos, publicações, cinema de animação,…
Ao longo das suas edições concentradas sobretudo em Lisboa (mas com visitas esporádicas a Palmela, Oeiras, Seixal, Porto e Coimbra), a Feira Laica tem assumido um lugar improvável na vida cultural portuguesa enquanto espaço de encontro entre os criadores e o público, numa lógica que permite a aquisição de bens culturais e criações artísticas ou artesanais, sem a existência de intermediários.
A feira é organizada por um pequeno grupo informal de editores e criadores que funcionam como foco galvanizador de uma comunidade criativa muito mais abrangente.
A quem se destina?
Público não determinado com interesse pela banda desenhada, ilustração, literatura, música, impressão e a edição independente em geral. Os mais pequenos também têm o seu espaço próprio com a Mini-Laica (uma feira organizada pelas crianças), contadores de histórias e outras actividades.
Há quantos anos existe?
Desde 2004, sendo repetida duas vezes por ano, uma no Verão (tradicionalmente na Bedeteca de Lisboa) e outra no período de Natal saltitando nos espaços lisboetas que acolhem actividades de teor Do-It-Yourself.
Qual é o objectivo?
Criar um momento catalisador de novidades editoriais, de encontro entre editores independentes entre si e o público, de reflexão sobre a actividade criativa e editorial, de promoção de artistas gráficos e músicos.
Quem participa?
Editores independentes, ilustradores, autores de bd, músicos, realizadores de filmes, impressores, … nacionais e estrangeiros – no passado já nos visitaram os colectivos Glömp (Finlândia), Stripburger (Eslovénia), Hecatombe (Suiça) e Billete de 500 (Galiza), autores Alberto Corradi (Itália), Mike Diana (EUA), Albert Foolmoon (França), Nevada Hill (EUA), Guillaume Soutlages (França), Neuro + Mucs (Roménia/ Dinamarca), Andrea Bruno (Itália), Dice Industries (Alemanha), Ar-Decó (França), Dunja Janković (Croácia/ EUA) e Marcel Ruijters (Holanda) e ainda as Ediciones Valientes (Espanha), Wormgod (Suécia), Milk+Wodka (Suíça), Prego (Brasil), Grut (França), Kennedy Prints (EUA), KVS (Alemanha), Tonto (Áustria) e Zulo Azul (Espanha).
No campo musical já participaram projectos como Samizdata Club (evento da Thisco), The Great Lesbian Show, Traumático Desmame, Lobster, Tiago Guillul / Lacraus, Presidente Drógado, Rita Braga, Nevada Hill (EUA), Travassos, Gabriel Ferrandini, Nuno Moita, Pedro Sousa, Filho Único DJ Set, I Had Plans, Kill Me Tomorrow (EUA), Filipe Felizardo, Filho Da Mãe, Amon Düde (Finlândia), Riding Pânico, Goran Titol, Cangarra, Gnu, Rudolfo, M-PeX, Thermidor, Çuta Kebab & Party, Somália, Nuno Moura, HHY & The Macumbas, Aceloria, Ghuna X, Minuto 22, Canzana, 100 Leio, Putas Bêbadas, Kimo Ameba, Go Suck a Fuck, dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS, Smiley Face, Bandeira Branca, Guida in Valium, Jibóia, unDJ FarraJ, etc…
Que posso comprar na Feira?
Fanzines, livros, discos (CDs e vinis), serigrafias, zines, livros de autor, k7s, entre outros objectos e artefactos que desafiam as prateleiras convencionais das livrarias.
Eventos
Exposições – algumas tornaram-se itinerantes como a impronunciável åbroïderij HA! que percorreu os Maus Hábitos (Dez’08), Casa da Animação (Jan/Mar’09), Biblioteca de Abrantes (Abr’09), Festival Outfest (Mai’09), Bedeteca de Beja (Fev’10), Chiado Afterwork (Mai’10) e Claustros do Instituto Politécnico de Setúbal (Jun’10) – ; concertos; Mini-Laica; murais, cinema de animação e workshops.